domingo, 26 de fevereiro de 2012

E, PARA O RESTO DA VIDA...

Para começar a semana com chave de ouro!

Estava folheando um livro e li um capítulo que me fez parar e refletir um pouco sobre a vida. 

Fala sobre vaidade, de como nos envaidecemos com as nossas conquistas. Acredito que devemos nos orgulhar do que conquistamos, mas não podemos deixar que influencie na nossa maneira de ser.  

Reconhecer nossas vitórias é diferente de envaidecer-mos com elas. Até porque o reconhecimento de nossas conquistas é auto-amor, importante para a nossa evolução. 

Esse capítulo foi tirado do livro "E, para o resto da vida..." de Wallace Leal V. Rodrigues.


Vaidade

Quando minha irmã e eu tínhamos cerca de sete e nove anos, respectivamente, alcançamos as notas mais altas de nossa classe, na escola. Assim, decidimos que, em matéria de "cérebros", nossa família estava muito acima da média. E não perdemos tempo para fazer os nossos companheiros de brinquedos cientes disso.


De certa feita, ao ouvir nossas jactâncias, papai chamou-nos. Ele havia enchido uma bola de assopro até o tamanho de uma cabeça humana. E, muito sério,disse-nos:


- Este aqui é o João.


Então começou a contar-nos a história da vida do João, a qual veio a ser uma sucessão de feitos extraordinários.


E, cada vez que João fazia uma coisa magnífica, nosso pai soprava um pouco mais de ar dentro do balão. Como a história progredia, João ia crescendo a tais proporções que minha irmã e eu fomos, de pouco em pouco, recuando de junto dele, pressentindo o estouro.


De repente, bem no ponto em que João parecia não suportar mais nada, a história terminou.


- Não é muito divertido estar muito perto do João, não é verdade? perguntou papai. Está tão cheio de si e tem uma cabeça tão grande... isso é que ter cérebro, vocês não acham? Mudando um pouco de assunto, por que os seus companheiros de brinquedos não têm aparecido mais?


- Não sabemos! foi nossa resposta.


- Da mesma maneira que vocês se afastaram do João, os seus amigos se afastaram de vocês. Vocês estavam tão orgulhosos e tinham cabeça tão grande que eles temeram o momento do estouro, o que seria sobremaneira desagradável...


E, até hoje, quando fazemos alguma coisa particularmente envaidecedora, a lembrança do João nos preserva de ficarmos com a "cabeça grande" e nos considerarmos os "cérebros".

Espero que tenham gostado dessa histórinha. Foi muito válida para mim e acho que nunca mais vou esquecer da "cabeça do João", e vocês?

Bjs. Fá




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